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Discursos : Visita à Igreja de Sto António dos Portugueses - 17 Novembro 1963
VISITA DO SANTO PADRE PAULO VI
À IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DOS PORTUGUESES
Roma, 17 de Novembro de 1963
Veneraveis Irmãos e Amados Filhos Nossos!

As nossas primeiras palavras são para Vós Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, querendo agradecer-lhe de todo o coração as saudações que tão amavelmente Nos dirigiu, em nome de todos os presentes.

Dada a oportunidade da celebração do Concilio Ecuménico Vaticano Segundo, foi-Nos permitido, com grande júibilo, encontrar-Nos com os Venerandos Episcopados de Portugal e Brasil, na visita que, de boa vontade, viemos fazer a esta bela Igreja de Santo Antonio dos Portugueses.

A circunstância da vossa presenta aqui, leva-Nos a recordar alguns passos da gloriosa história lusitana.

O espírito de fé ardente, que embebeu os portugueses desde o seu berco, após a criação da Escola Náutica de Sagres - onde os discípulos do Infante Don Henrique se prepararam para dar novos mundos ao mundo - encorajou-lhes e fomentou-lhes a sua vocação missionária. Dos vários portos daquela pequena Nação, partiram as naus em demanda de novas terras, contornando a África, chegando à Índia com Vasco da Gama; atravessando o Altântico, aportando ao Brasil com Pedro Álvares Cabral. Nessas mesmas naus, partiram os missionários com a Cruz e o Evangelho, expandindo a Igreja entre os novos povos. Ardentes de conquistar almas para Cristo, vemos surgir um São Francisco Xavier e São João de Brito - os grandes Apóstolos das Índias; um Padre Anchieta e um Padre Manuel da Nóbrega - grandes Apóstolos do Brasil. E a «Terra de Santa Cruz» foi gerada, sob os auspícios da Virgem, à imagem e semelhança da «Terra de Santa Maria». Desta mesma herdara a Religião católica.

É ainda admirável coincidência o facto de que, dos púlpitos desta mesma Igreja, o grande orador Português, Padre António Vieira - da Companhia de Jesus e missionário no Brasil pregou a divina palavra.

A vós, Veneráveis Irmãos queremos, pois, dirigir as Nossas cordiais saudações.

Foi, portanto, com grande júbilo, que fizemos esta visita a uma Igreja dedicada a um Santo tão popular, cuja devoção vincula os fiéis portugueses e italianos: Santo António de Lisboa- Santo António de Pádua.

Português por nascimento, aplicando a primeira parte da vida ao apostolado na sua Pátria, Santo António consagrara a segunda à causa da Igreja nesta Península. E se em Lisboa teve o seu berço, em Pádua tem o seu túmulo, ambos centro de peregrinações dos fieis, que aí vão ou na esperança de obter benefícios, ou gratos pelos já recebidos, por intermédio do grande taumaturgo.

Erguida no coração de Roma de setecentos, esta Igreja perpetua ainda a perene fidelidade de Portugal à Cátedra de Roma. Já no ano de mil trezentos e sessenta e sete, aqui, neste mesmo lugar, se encontrava uma hospedagem para acolher os peregrinos portugueses que vinham à Cidade Eterna em visita ao túmulo do Príncipe dos Apóstolos. Depois, surgiu urna pequena Igreja já dedicada a Santo António, e finalmente, esta que hoje visitamos.

No decorrer dos tempos, foi ela objecto de visita de vários Nossos antecessores: Clemente XI, Clemente XIV, Pio IX. E como Nos sentimos felizes em ter vindo tambén aqui, sobretudo numa casual coincidência com as comemorações centenárias de Santo António!

Não queremos terminar este pequeno discurso, sem dirigir aos jóvens sacerdotes do Colégio Português, também aqui presentes, urna palavra de afecto paternal e de exortação.

Em vós, amados filhos, a Igreja tem grande esperançaa. Propôndo-vos como exemplo as exímias virtudes de Santo António, a sua santitade, o seu amor às almas, a sua dedicação total a Cristo, faze-mos votos ardentes para que vós sejais paladinos do ideal do grande Santo, contribuais para expansão do Reino do Senhor, guardando nos vossos corações as palavras do Apóstolo: «Sic nos existimet homo ut ministros Christi et dispensatores mysteriorum Dei» (1 Cor. 4, 1).

Implorando de Deus as mais preciosas graças sobre todos vós, as vossas famílias e as vossas pátrias, concedêmo-vos de todo o coração a Nossa paternal bênção Apostólica.


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