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Compilações : Uma onda de ternura - Family Life
UMA ONDA DE TERNURA

Compilação feita pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça Sobre a Vida em Família

Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís do Brasil

Título original em inglês: Family Life
Tradução:Rolf von Czékus
Editora Bahá'í do Brasil
EXCERTOS DAS ESCRITURAS DE Bahá'u'lláh

1. Bem-aventurado é o lugar, a casa e o coração, e bem-aventurada a cidade, a montanha, o refúgio, a caverna e o vale, a terra e o mar, o prado e a ilha, onde se haja feito menção de Deus, e celebrado Seu louvor.

Orações Bahá'ís, pág. vi

2. Os pais devem envidar todos os esforços para levar seus filhos a serem religiosos, pois, se as crianças não atingirem este que é o maior de todos os ornamentos, não obedecerão a seus pais, o que, de certo modo, significa que não obedecerão a Deus. Com efeito, tais crianças não terão consideração por ninguém e farão exatamente o que lhes aprouver.

Educação Bahá'í, pág. 17

3. Prescrevemos a todo filho o dever de servir a seu pai. Por conseguinte, decretamos esta ordem no Livro.

4. Os frutos da árvore da existência são fidedignidade, lealdade, veracidade e pureza. Depois do reconhecimento da unicidade do Senhor, exaltado seja Ele, o mais importante de todos os deveres é o de se ter a devida consideração para com os direitos de seus pais. Este assunto tem sido mencionado em todos os Livros de Deus.

5. Abençoada é a casa que alcançou a Minha carinhosa mercê, onde Minha recordação é celebrada, e que é enobrecida pela presença de Meus amados, que proclamaram Meu Louvor, se seguraram firmemente à corda de Minha graça e foram honrados por entoarem Meus versos. Verdadeiramente, são eles os enaltecidos servos, aos quais Deus louvou no Qayyúmu'l-Asmá e em outras escrituras. Verdadeiramente, Ele é O que tudo ouve, O que responde, Aquele que percebe todas as coisas.

6. Estas abençoadas palavras foram proferidas pela Língua da Grandeza na Terra do Mistério (Adrianópolis), exaltada e glorificada seja Sua elocução:

Uma das características distintivas desta maior Dispensação é que os parentes daqueles que reconheceram e abraçaram a verdade desta Revelação e que, na glória de Seu nome, o Senhor Soberano, sorveram o seleto, selado vinho, do cálice do amor do Deus Verdadeiro e Uno, por ocasião de sua morte, se forem aparentemente não-crentes, serão bondosamente agraciados com o perdão divino e participarão do oceano de Sua Mercê.

Esta bênção, contudo, somente será concedida àquelas almas que não infligiram dano a Ele Que é o Senhor do Todo nas Alturas e o Governante deste mundo e do mundo vindouro.

7. Nós te motivamos a retornar a teu lar como um sinal de Nossa mercê para com tua mãe, pois Nós a encontramos acabrunhada pela tristeza. Nós vos prescrevemos no Livro "a adorar tão somente a Deus e a mostrar bondade a vossos pais."1 Assim falou o Deus uno e verdadeiro e o decreto foi cumprido pelo Todo-Poderoso, o Sapientíssimo. Conseqüentemente, Nós te motivamos a retornar para ela e para tua irmã, a fim de que os olhos de tua mãe desse modo se possam alegrar e ela possa estar entre os gratos.

8. Dize: Ó Meu povo! Honrai e homenageai vossos pais. Isto motivará bênçãos a caírem sobre vós das nuvens da generosidade de vosso Senhor, o Exaltado, o Grande.

Quando soubemos de sua tristeza, Nós te instruímos a retornar para ela, como um sinal de mercê a ti de Nossa presença, e como uma admoestação para outros.

Acautelai-vos, a fim de não cometerdes aquilo que causaria tristeza aos corações de vossos pais e mães. Segui o caminho da Verdade, que é, verdadeiramente, um caminho reto. Se alguém vos der a escolha entre a oportunidade de prestar um serviço à Mim ou a eles, escolhei servi-los, e deixai à Mim. Esta é Minha exortação e Meu mandato a ti. Observa, portanto, o que teu Senhor, o Poderoso, o Bondoso, te prescreveu.

EXCERTOS DAS ESCRITURAS DO Báb

1. Convém ao servo, após cada oração, suplicar a Deus que conceda a seus pais misericórdia e perdão. Com isso se erguerá o chamado de Deus: "Milhares sobre milhares daquilo que pediste para teus pais será tua recompensa!" Bem-aventurado quem se lembra de seus pais quando ele com Deus comunga. Em verdade, nenhuma Deus há, senão Ele, o Poderoso, o Bem-Amado.

Seleção dos Escritos do Báb, pág. 99

2. Ó meu Deus! Que os eflúvios de Tua generosidade e de Tuas bênçãos desçam sobre as casas cujos ocupantes tenham abraçado Tua Fé, como sinal de Tua graça e indício de benevolência de Tua presença.

Seleção dos Escritos do Báb, pág. 202
EXCERTOS DAS ESCRITURAS 'Abdu'l-Bahá

1. Quanto à terminologia que usei em minha carta, ordenando que te consagrasses ao serviço da Causa de Deus, o significado é este: limita os pensamentos ao ensino da Fé. Age dia e noite de acordo com os ensinamentos, os conselhos e as admoestações de Bahá'u'lláh. Isso não impede o matrimônio. Podes casar e ao mesmo tempo servir a Causa de Deus; uma coisa não impede a outra. Conhece tu o valor destes dias; não deixes que te escape esta oportunidade. Implora a Deus que faça de ti uma vela acesa, de modo que possas guiar grande multidão nesse mundo tenebroso.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 91-91.

2. O matrimônio, entre a generalidade do povo, é um laço físico, e essa união só pode ser temporária, pois está predestinada à separação física no final.

Entre o povo de Bahá, porém, o casamento deve ser união tanto física quanto espiritual, pois aqui ambos os cônjuges estão extasiados com o mesmo vinho, enamorados pela mesma Face incomparável; ambos vivem através do mesmo espírito, através deles movem, e são iluminados pela mesma glória. Essa relação entre eles é espiritual e, portanto, é laço que permanecerá para todo o sempre. Da mesma forma, no mundo físico, desfrutam de laços fortes e duráveis, pois, se o casamento é baseado tanto no espírito como no corpo, essa é uma união verdadeira e por isso haverá de durar. Entretanto, se o laço for apenas físico, e nada mais, é certo que será só temporário, tão somente, e deverá inexoravelmente terminar em separação.

Portanto, quando o povo de Bahá tenciona casar, a união deve ser uma relação verdadeira, uma aproximação espiritual bem como física, de modo que através de todas as fases da vida, e em todos os mundos de Deus, sua união perdurará; porque essa verdadeira unidade é uma centelha do amor de Deus.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 105

3. O casamento Bahá'í é o compromisso recíproco das duas partes, e sua ligação mútua de coração e mente. Cada um deve, porém, exercer o máximo cuidado para familiarizar-se totalmente com o caráter do outro, para que o firme convênio entre eles seja um laço que dure para sempre. Seu propósito deve ser este: tornarem-se amorosos companheiros e camaradas, unidos um ao outro por todo o sempre. ...

O verdadeiro casamento de Bahá'ís é este: que o marido e a mulher estejam unidos física e espiritualmente, que sempre melhorem a vida espiritual um do outro, e que desfrutem de unidade sempiterna em todos os mundos de Deus. É este o casamento bahá'í.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 106

4. ...Acima de todas as outras uniões está aquela entre os seres humanos, especialmente quando se realiza no amor de Deus. Assim se faz aparecer a unidade primária; assim é lançado no espírito o alicerce do amor.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 107

5. Tua esposa não está em harmonia contigo, mas - mercê de Deus - a Abençoada Beleza está satisfeita contigo e te está concedendo as maiores dádivas e bênçãos. Mas esforça-te ainda para teres paciência com tua esposa; talvez ela se transforme e seu coração se ilumine.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 108

6. Quanto a teu honrado esposo: incumbe a ti tratá-lo com grande bondade, levar em conta seus desejos, e ter para com ele uma atitude conciliatória em todos os momentos - até que ele veja que, porque te dirigiste ao Reino de Deus, tua ternura para com ele e teu amor a Deus têm aumentado, bem como tua consideração por seus desejos em todas as circunstâncias.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 109

7. Ó vós dois, crentes em Deus! O Senhor - incomparável é Ele - fez a mulher e o homem para viverem unidos na mais íntima associação, e serem como uma só alma. São dois esteios mútuos, dois amigos íntimos que deveriam atentar para o bem-estar um do outro.

Se desse modo viverem, passarão por este mundo com perfeito contentamento, êxtase, e paz interior, e tornar-se-ão objeto do favor e da graça divina no Reino do céu. Se porém agirem de outro modo, passarão a vida em grande amargura, desejando a todo momento a morte, e ficarão envergonhados no reino celestial.

Esforçai-vos, portanto, de coração e alma, por permanecerdes juntos assim como dois pombos no ninho, pois isso é ser abençoado em ambos os mundos.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 110

8. Ó vós mães amorosas, sabei que, aos olhos de Deus, a melhor das formas de adorá-Lo é a educação das crianças; é dar-lhes treinamento em todas as perfeições da humanidade. Nenhum ato mais nobre do que este pode ser imaginado.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 125

9. Ó querido de 'Abdu'l-Bahá! Sê o filho de teu pai e sê o fruto dessa árvore. Sê um filho nascido de sua alma e de seu coração, e não apenas da água e do barro. Um verdadeiro filho é aquele que brotou da parte espiritual do homem. Peço a Deus que possas ser confirmado e fortalecido em todos os tempos.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 126

10. Observai quão facilmente uma família onde reina a unidade conduz seus afazeres: como progridem seus membros, como prosperam no mundo! Seus negócios vão bem, desfrutam de conforto, tranqüilidade e segurança, sua posição está garantida e chegam a ser invejados por todos. Tal família, dia a dia, só se engrandece e se eleva em honra duradoura.

Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pág. 254

11. Conforta tua mãe e esforça-te para fazer o que seja condizente à felicidade de seu coração.

Tablets of 'Abdu'l-Bahá, pág. 74

12. Transmite minhas saudades e minhas saudações ao consolo de teus olhos...1, e ao teu filho mais novo... Em verdade, amo os dois como um pai compassivo ama os seus queridos filhos. Quanto a ti, tem para com eles abundante amor e faz o possível por sua educação, para que os que seus seres possam crescer com o leite do amor de Deus, já que é dever dos pais orientar perfeita e completamente seus filhos.

Existem também alguns deveres sagrados da parte dos filhos para com os pais, deveres estes que se encontram registrados no Livro de Deus e provêm Dele2. A prosperidade (dos filhos) neste mundo e no Reino depende do beneplácito dos pais e sem este, estarão em perda manifesta.

Tablets of 'Abdu'l-Bahá, pág. 262-263

13. Quanto a tua pergunta referente a marido e mulher, sobre o vínculo entre eles e sobre os filhos lhes dado por Deus: Sabe tu, veramente, que o marido é aquele que sinceramente se volveu para Deus, está desperto pelo chamado da Beleza do Todo-Glorioso e entoa os versos da Unidade em grandes assembléias; a esposa é um ser que deseja estar transbordando com os atributos de Deus e Seus nomes e se encontra a procura deles, e o vínculo entre eles não é outro senão a Palavra de Deus. verdadeiramente, isto motiva as multidões a se reunirem e os remotos a estarem unidos. Assim, o marido e a esposa são levados a encontrar afinidade, são unificados e harmonizados, como se fossem uma só pessoa. Através de sua mútua união, companheirismo e amor, são produzidos no mundo grandes resultados, tanto no campo material como espiritual. O resultado espiritual é o surgimento de recompensas divinas. O resultado material são os filhos que nascem no berço do amor de Deus são nutridos pelo seio do conhecimento de Deus, são criados no peito da dádiva de Deus, e são cuidados no regaço do treinamento de Deus. Tais crianças são aquelas de quem Cristo disse: "Verdadeiramente, são os filhos do Reino!"

Tablets of 'Abdu'l-Bahá, pág. 605-606

14. Os amigos de Deus devem viver e comportar-se de tal modo, e evidenciar um grau de excelência de caráter e conduta a um ponto tal, que provoquem a admiração dos outros. O amor entre o marido e a mulher não deveria ser puramente físico, não somente isso, deve ser espiritual e celestial. Estas duas almas devem ser consideradas como uma só alma. Quão difícil seria dividir uma só alma! Sim, grande seria a dificuldade!

Resumidamente, o alicerce do Reino de Deus é baseado em harmonia e amor, unidade, afinidade e união, e não sobre diferenças, especialmente entre marido e mulher.

'Abdu'l-Bahá, de uma epístola traduzida do persa, pág. 2

15. Perguntas se um esposo seria capaz de impedir sua esposa de abraçar a luz divina ou uma esposa de dissuadir seu esposo de ganhar entrada no Reino de Deus. Na verdade, nenhum deles poderia impedir o outro de entrar no Reino, a não ser que o esposo tenha um excessivo afeiçoamento à esposa ou a esposa ao esposo. De fato, se qualquer um dos dois adorasse o outro a ponto de excluir Deus, então cada um deles poderia impedir o outro de procurar admissão em Seu Reino.

16. Suplico a Deus, de benevolamente fazer de teu lar um centro para a difusão da luz de guia divina, para a disseminação das Palavras de Deus, e para acender em todos os momentos o fogo do amor nos corações de Seus fiéis servos e servas. Sabe tu, com certeza, que cada casa, onde o hino de louvor é elevado ao Domínio da Glória, em comemoração do Nome de Deus, é verdadeiramente um lar celestial e um dos jardins de delícia no Paraíso de Deus.

17. Se tu fosses demonstrar bondade e consideração a teus pais, de modo a que se sentissem comumente satisfeitos, isto também Me agradaria, pois pais devem ser sumamente respeitados e é essencial que eles se sintam contentes, desde que não te impeçam de ganhar acesso ao Limiar do Todo-Poderoso, nem te detenham de andar no caminho do Reino. Na verdade, convém a eles de te encorajar e estimular nesta direção.

18. Ó Senhor! Nesta, a Maior Revelação, Tu aceitas a intercessão dos filhos pelos pais. É esta uma das graças especiais, infinitas, desta Revelação. Aceita, pois, Ó tu, Senhor Bondoso, o pedido deste, Teu servo, no limiar de Tua unidade e submerge seu pai no oceano de Tua graça, porque esse filho se levantou para Te prestar serviço e, em todos os tempos, se esforça no caminho de Teu amor. Verdadeiramente, és Quem dá, o Perdoador e Bondoso.

'Abdu'l-Bahá, de uma epístola traduzida do persa, pág. 18-19

19. Trata a todos os teus amigos e parentes, até mesmo aos estranhos, com espírito de máximo amor e bondade.

20. Ó Servas do Senhor. O que Sustenta a Si Próprio! Esforçai-vos, para que possais alcançar a honra e o privilégio determinado para as mulheres. Indubitavelmente, a glória das mulheres, a maior de todas, é serviço ao Seu limiar e submissão ante Sua porta; é possuir um coração vigilante e louvor ao incomparável Deus; é sincero amor para com as outras servas e imaculada castidade; é obediência e consideração para com seus esposos e o cuidado de seus filhos; e é tranqüilidade e dignidade, perseverança na recordação do Senhor, e o maior entusiasmo e atração.

21. A respeito de tua pergunta, sobre consulta com um pai com seu filho, ou de um filho com seu pai, em assuntos de negócio ou comércio: consulta é um dos elementos fundamentais do alicerce da Lei de Deus. Esse tipo de consulta é seguramente aceitável, quer seja entre pai e filho, ou com outros. Não há nada melhor que isso. O homem deve consultar sobre todos os assuntos, porque isso o levará à origem de cada problema e o capacitará a encontrar a solução correta.

22. Ó dois, carinhosos irmãos! Vosso afetuoso irmão escreveu e mencionou vossos nomes, e muito os louvou e elogiou. Observai, o quanto ele se sente atraído a vós e como os ama. Assim deveria ser um irmão, tão afetuoso e elevado espiritualmente, ao contrário do irmão de 'Abdu'l-Bahá, que é mais amargo do que veneno.

23. O pai deve sempre se esforçar para educar seu filho e de familiarizá-lo com os ensinamentos celestiais. Deve sempre aconselhar e exortá-lo, ensinar-lhe uma conduta e caráter louváveis, capacitá-lo a receber treinamento escolar e de ser instruído em tais artes e ciências que sejam consideradas úteis e necessárias. Em resumo, que instile em sua mente as virtudes e perfeições do mundo da humanidade. Acima de tudo, deveria continuamente lembrá-lo de se recordar de Deus, de modo que suas palpitantes veias e artérias possam pulsar com o amor de Deus.

24. O filho, por outro lado, deve demonstrar a máxima obediência para com seu pai, e deveria comportar-se como um servo humilde e modesto. Dia e noite, deveria procurar diligentemente de garantir o conforto e o bem-estar de seu amoroso pai e de se assegurar de sua boa-vontade. Deve esquecer-se de seu próprio descanso e prazer e constantemente se esforçar para levar alegria aos corações de seu pai e de sua mãe, para que assim possa alcançar a boa-vontade do Todo-Poderoso e ser benevolamente ajudado pela hostes invisíveis.

25. Tenhas teu esposo em alta estima e sempre lhes mostres um temperamento amigável, não importa quão mal-humorado esteja. Mesmo que tua amorosa bondade o torne mais amargo, manifestes tu mais bondade, mais carinho, sejas amorosa e tolere suas ações cruéis e maus-tratos.

26. As qualidades herdadas variam, como se sabe, segundo a força ou fraqueza de constituição: de pais fortes nascem filhos robustos, e de pais fracos, filhos fracos. Sangue puro exerce um grande efeito, pois o germe puro é como a estirpe superior no caso das plantas ou dos animais. É natural crianças de pais débeis terem uma constituição débil e nervos fracos, estarem sujeitas à doença, faltando-lhes resistência, resolução, perseverança e paciência, desde que herdaram a fraqueza dos pais.

Além disso, uma benção especial é concedida a certas famílias e gerações, como, por exemplo, no caso de Abraão, pois todos os Profetas dos filhos de Israel são de Sua descendência. É uma benção conferida por Deus a esta família, e que se estende a Moisés por parte do pai, bem como da mãe, a Cristo, pela linhagem materna, e também a Maomé, ao Báb e a todos os Profetas e Santos Manifestantes de Israel. Evidentemente, pois, há um caráter herdado. Tanto assim que, se o caráter de alguém que pertença fisicamente a certa linhagem não se mostrar digno desta linhagem, não será ele considerado, espiritualmente falando, membro da família. Assim aconteceu no caso de Canaã (1) que não é incluído entre os descendentes de Noé.

A variação nas qualidades de acordo com a cultura ou a educação é, entretanto, muito grande; é, de fato, imensa sua influência. É por seu intermédio que o ignorante adquire conhecimentos, e o covarde, valor; assim como o ramo torto se endireita mediante cultivo, a fruta azeda, amarga, das montanhas e selvas, torna-se doce, deliciosa, e a flor de cinco pétalas vem a ter centenas. Graças à educação, os povos selvagens tornam-se civilizados, e até os animais se domesticam. De suma importância é, pois, a educação. Como no plano físico as moléstias são extremamente contagiosas, também o são as qualidades de coração e espírito. A educação tem influência universal; as diferenças por ela causadas são muito grandes.

Respostas a Algumas Perguntas, pág. Cap. As Causas Das Diferenças Nos Caráteres Dos Homens

27. Acontece muitas vezes passarem pai e mãe pelas maiores provações e durezas por causa dos filhos, e apenas estes chegam à idade adulta, os pais têm de partir para o outro mundo. Raramente vêem neste mundo a recompensa dos cuidados que dedicaram aos filhos. Estes, pois, reconhecendo tais cuidados e sacrifícios, devem mostrar caridade e misericórdia e implorar perdão para os pais. Assim, o amor e a bondade que vos foram dispensadas pelo vosso pai, deveis retribuir, dando aos pobres em seu nome, rogando perdão e remissão de seus pecados com a maior humildade, implorando para ele a suprema misericórdia.

Respostas a Algumas Perguntas, pág. Cap.LXII

28. Se, em uma única família, amor e concordância forem manifestadas, esta família progredirá, tornar-se-á iluminada e espiritual; mas, se inimizade e ódio existirem em seu seio, a destruição e dispersão serão inevitáveis.

Promulgation of Universal Peace, pág. 144-145

29. De acordo com os ensinamentos de Bahá'u'lláh, sendo a família uma unidade humana, deve ser educada em conformidade com as regras de santidade. Todas as virtudes devem ser ensinadas à família. A integridade do laço familiar deve ser constantemente considerada, e os direitos dos membros individuais não devem ser transgredidos. Os direitos do filho, do pai, da mãe, nenhum deles deve ser transgredido, nenhum deles deve ser arbitrário. Assim como o filho tem certas obrigações para com seu pai, do mesmo modo, o pai tem certas obrigações para com o filho. A mãe e os outros membros da casa têm suas próprias prerrogativas. Todos estes direitos e prerrogativas devem ser preservados e, ainda assim a unidade da família tem de manter-se. A injúria de um deve ser considerada a injúria de todos; o conforto de cada um, o conforto de todos; a honra de um, a honra de todos.

Promulgation of Universal Peace, pág. 104-105

30. A criança não de deve ser oprimida ou censurada por estar pouco desenvolvida. Ela deve ser pacientemente treinada.

Promulgation of Universal Peace, pág. 180-181

31. Quando amardes um membro de vossa família ou um compatriota, que o seja com um raio do Amor Infinito! Que o seja em Deus e por Deus. Se em qualquer um encontrardes os atributos de Deus, amai essa pessoa, seja ela de vossa família ou de outra.

Palestras de 'Abdu'l-Bahá, pág. 23

32. Esta é na realidade uma casa bahá'í. Cada vez que se inaugura tal casa ou local de reunião, ela se torna uma das maiores ajudas ao desenvolvimento geral da cidade e do país a que pertence. Encoraja o progresso das letras e da ciência, e é conhecida por sua intensa espiritualidade e pelo amor que espalha entre as pessoas.

Palestras de 'Abdu'l-Bahá, pág. 23

33. Considerai os maléficos efeitos da discórdia e dissensão em uma família; em seguida refleti sobre os favores e bênçãos que recaem sobre essa família quando existe unidade entre seus diversos membros. Que incalculáveis benefícios e bênçãos recairiam sobre a grande família humana, se unidade e irmandade fossem estabelecidas! Neste século, quando os benéficos resultados da unidade e os maléficos efeitos da discórdia são tão óbvios, os meios para alcançar e realizar a camaradagem humana apareceram no mundo. Sua Santidade Bahá'u'lláh proclamou e proveu o caminho pelo qual hostilidade e dissensão possam ser removidos do mundo humano. Ele não deixou lugar ou possibilidade para contenda e discórdia. Primeiro Ele proclamou a unidade da humanidade e ensinamentos religiosos especializados para as condições humanas existentes.

Star of the West, vol. 17, no 7, pág 232

34. Meu lar, é o lar da paz. Meu lar, é o lar de alegria e deleite. Meu lar, é o lar de risos e exaltação. Quem quer que entre pelos portais deste lar, tem que sair com um coração jovial. Este é o lar de luz; quem quer que aqui entre, tem que se tornar iluminado.

Star of the West, vol. 20, no 2, pág 52

35. Criar uma família é sumamente importante para o homem. Enquanto é jovem, devido à auto-complacência juvenil, não se dá conta de seu significado, mas isso será uma fonte de arrependimento quando envelhecer... Nesta gloriosa Causa, a vida de um casal deveria assemelhar-se à vida dos anjos no céu - uma vida cheia de alegria e delícia espiritual, uma vida de unidade e concórdia, uma amizade tanto mental como física. O lar deve ser ordeiro e bem organizado. Suas idéias e pensamentos devem como raios do sol da verdade e a radiância das brilhantes estrelas do céu. Como dois pássaros, devem trinar melodias sobre os ramos da árvore da camaradagem e harmonia. Devem sempre estar exultantes de alegria e contentamento e serem uma fonte de felicidade para os corações dos outros. Devem ser um exemplo para os outros homens, manifestar verdadeiro e sincero amor um pelo outro e educar seus filhos de tal maneira, que proclame a fama e glória de sua família.

EXCERTOS DE CARTAS ESCRITAS POR
SHOGHI EFFENDI A CRENTES
INDIVIDUAIS

1. Solicito a se concentrar durante certo tempo sobre quaisquer meios que possa eventualmente assegurar a boa-vontade, tolerância e simpatia de seu esposo. Demonstre-lhe a máxima bondade e consideração e tente, no momento oportuno, fazer com que se dê conta do propósito e espírito da Fé. Orarei pelo sucesso de seus esforços neste contexto e desejo sua felicidade de todo o meu coração.

(20 de março de 1928)

2. Não me posso conter, em virtude do grande amor e simpatia que lhe dedico, a acrescentar eu mesmo, algumas poucas palavras, a fim de lhe enfatizar a necessidade de continuamente mostrar o máximo respeito, consideração e amor a seu querido e respeitado esposo. Tenho grandes esperanças de que dependa, principalmente, de sua atitude e de sua consideração para com ele, a aceitação definitiva por parte dele da Causa que tanto ama e tão bem serve. Minha profunda solidariedade está consigo em suas ansiedades familiares que sei oprimem pesadamente seu coração. Oro para que possa alcançar em suas múltiplas atividades o mais almejado desejo de seu coração.

EXCERTOS DE CARTAS ESCRITAS EM
NOPME DE SHOGHI EFFENDI

(A menos que citado de forma diferente, os extratos a seguir são de cartas a crentes individuais)

1. É muito triste quando tais diferenças de opinião e crença ocorrem entre marido e mulher e, indubitavelmente, em tempos de dificuldade. Entretanto a maneira como poderia ser remediado não é agindo de tal modo a que se aliene a outra pessoa. De fato, um dos objetivos da Causa é de ocasionar um laço mais íntimo nos lares. Portanto, em todos os casos desta natureza, o Mestre costumava aconselhar obediência aos desejos da outra pessoa e oração. Ore para que seu esposo possa gradualmente ver a luz e ao mesmo tempo aja de tal modo a atraí-lo para mais perto em vez de criar prevenção. Assim que esta harmonia esteja assegurada então será capaz de servir sem empecilhos.

(15 de julho de 1928)

2. Sob tais circunstâncias, o Mestre costumava solicitar aos amigos para serem pródigos em seu amor e se tornarem excepcionalmente obedientes a seus esposos. Tais indivíduos têm que ver por meio de atos que a Causa não veio para romper laços familiares mas para fortalecê-lo; não foi criada para enfraquecer instituições sociais mas para fortalecê-los.

(14 de outubro de 1928)

3. Seguramente Shoghi Effendi gostaria de vê-la e aos outros amigos, darem todo o seu tempo e energia para a Causa, pois estamos com grande necessidade de trabalhadores competentes, mas o lar é uma instituição que Bahá'u'lláh veio para fortalecer e não para enfraquecer. Muitas coisas infelizes aconteceram em lares Bahá'ís justamente por se negligenciar este ponto. Sirva a Causa mas também lembre-se de seus deveres para com o seu lar. Compete-lhe encontrar o equilíbrio e ver que um não a faça negligenciar o outro. Teríamos muito mais esposos na Causa se as esposas fossem mais ponderadas e moderadas em suas atividades Bahá'ís.

(14 de maio de 1929)

4. Um lar verdadeiramente Bahá'í é uma verdadeira fortaleza na qual a Causa pode confiar enquanto planeja suas campanhas. Se... e ... amam um ao outro e gostariam de se casar Shoghi Effendi não deseja que pensem que por fazê-lo estão privando-se do privilégio do serviço; de fato tal união intensificará sua habilidade para servir. Não há nada mais belo que ter jovens Bahá'ís se casando e fundando lares verdadeiramente Bahá'ís, do tipo que Bahá'u'lláh deseja que sejam. Por favor dê a ambos as amorosas saudações do Guardião.

(6 de novembro de 1932)

5. Um Deus que é somente amoroso ou somente justo não é um Deus perfeito. A divindade tem que possuir ambos os aspectos da mesma forma como todo pai deveria expressar ambos em sua atitude em relação a seus filhos. Se ponderarmos por algum tempo, veremos que nosso bem-estar pode, tão somente, ser assegurado quando ambos os atributos divinos são igualmente enfatizados e praticados.

(29 de abril de 1933)

6. Não há limite para nossas ofertas para o Templo. Quanto mais damos, melhor o é para a Causa e para nós mesmos. Todavia, o seu caso é um caso especial, desde que seu esposo não é um crente. Se tiver sucesso em convencê-lo da importância de suas doações para a Causa tanto melhor. Porém, jamais deveria opor-se a ele neste assunto e permitir que qualquer coisa perturbe a paz e a unidade de sua vida domestica.

(21 de setembro de 1933)

7. O Guardião deseja que eu a solicite especialmente a permanecer paciente e confiante e, acima de tudo, a, que demonstre a seu esposo a máxima bondade e amor em troca de toda a oposição e ódio que recebe dele. Uma atitude conciliatória e amistosa em tais casos não é somente o dever de todo o Bahá'í mais também é a maneira mais efetiva de conquistar para a Causa a simpatia e admiração de seus antigos adversários e inimigos. O amor é, em verdade, um elixir potentíssimo que pode transformar as pessoas mais vis e desprezíveis em almas celestiais. Possa seu exemplo servir para confirmar ainda mais a verdade deste belo ensinamento de nossa Fé.

(6 de dezembro de 1935)

8. O Guardião... soube com profunda preocupação de suas dificuldades e contratempos familiares. Ele deseja que eu a assegure de suas orações fervorosas em seu nome e em nome de seus ente queridos em casa, para que possa ser guiada e ajudada do alto a conciliar suas diferenças e de restaurar completa harmonia e companheirismo entre vocês. Ao mesmo tempo que ele a solicitaria a fazer qualquer sacrifício a fim de ocasionar a unidade em sua família, ele não deseja que se sinta desencorajada se seus esforços não derem quaisquer resultados imediatos. Deve fazer sua parte com absoluta fé de que assim fazendo está cumprindo com seu dever como um bahá'í. O resto está seguramente, nas mãos de Deus.

9. Quanto à atitude de seu esposo em relação à Causa; por mais temerosa que possa ser, deve sempre ter esperança que através de meios conciliatórios e amigáveis, e com esforço sábio, diplomático e paciente, pode gradualmente ter sucesso em conquistar sua simpatia para com a Fé. Sob nenhuma circunstância deve tentar ditar ou impor a ele pela força suas convicções religiosas pessoais. Nem tão pouco deve permitir que sua oposição à Causa, impeçam seriamente suas atividades... Deve agir pacientemente, diplomaticamente e com confiança que seus esforços estão sendo guiados e reforçados por Bahá'u'lláh.

(23 de julho de 1937)

10. Tornou-o muito feliz saber da recente confirmação de sua amiga... e de seu sincero desejo de servir e promover a Fé. Ele certamente orará em seu nome para que possa, apesar de oposição de seus pais e parentes, cada vez mais ganhar em conhecimento e compreensão dos Ensinamentos e tornar-se tão animada com um zelo tal, a ponto de se levantar e trazer à Causa um grande número de seus antigos correligionários.

(15 de julho de 1928)

11. Sob nenhuma circunstância, entretanto, dever permitir que seus pais se tornem completamente alienados dela, sendo seu penhorado dever de esforçar-se através de esforço paciente, contínuo e amoroso, por conquistar a simpatia deles para com a Fé, e até, talvez, ocasionar sua confirmação...

(6 de julho de 1938)

12. Com respeito a seus planos; o Guardião, de fato, aprova totalmente a sua visão de que, não importa quão urgente e vital possam ser as exigências do trabalho de ensino, não deva, de maneira nenhuma, negligenciar na educação de seus filhos, pois em relação a eles tem uma obrigação não menos sagrada que em relação à Causa.

Qualquer plano ou arranjo que possa atingir que combine seus deveres duplos em relação à sua família e à Causa, e a lhe permitir de reassumir trabalho ativo no campo de ensino pioneiro, e também de cuidar bem de seus filhos de modo a não pôr em risco o futuro deles na Causa, teria a irrestrita aprovação do Guardião.

(17 de julho de 1938)

13. A Instituição do casamento, como estabelecida por Bahá'u'lláh, ao mesmo tempo que dá a devida importância ao aspecto físico da união marital, considera-o como subordinado aos propósitos e às funções morais e espirituais com que foi investido por uma Providência onisciente e amorosa. Somente quando a cada um destes diferentes valores é dada sua devida importância, e somente com base na subordinação do físico ao moral, e do carnal ao espiritual, podem ser evitados tais excessos e falta de firmeza nas relações maritais, como nossa época está tão lamentavelmente testemunhando, e a vida doméstica será restituída à sua pureza original, preenchendo a verdadeira função para a qual foi instituída por Deus.

(8 de maio de 1939)

14. Ao mesmo tempo em que o Guardião aprecia muito o seu desejo de participar mais ativamente no campo de ensino, ele também dá-se conta que em deferência aos desejos de seu esposo, para com quem tem deveres não menos sagrados e obrigatórios que aqueles que enfrenta como um crente, deve empenhar-se em fazer seus planos de tal modo a não estar muito distante dele, particularmente desde que ele mesmo está ansioso de que não dissolva, por mais temporário que seja, sua vida em família.

(5 de junho de 1939)

15. Apesar disto, o Guardião é grato que ele (seu esposo) em princípio não objeta a que participe de reuniões Bahá'ís e lhe dá total liberdade para participar de todas as atividades locais Bahá'ís. Ainda que possa insistir em que obtenha seu consentimento em tais assuntos, não deve se sentir magoada em tais assuntos, não deve se sentir magoada ou desencorajada, mas preferivelmente deve continuar, de maneira amistosa e conciliatória, a empenhar-se em conquistar sua simpatia para com a Causa. Não pode ter nenhuma razão seria para qualquer ressentimento real contra ele, a menos que ele interfira indevidamente em seu trabalho Bahá'í e a impeça de desincumbir-se de suas vitais obrigações espirituais e administrativas para com a Fé.

No entretanto o Guardião orará para que suas esperanças de vê-lo bem confirmado e ativo na Causa possam se realizar, e que também possa ser guiada a adotar em relação a ele uma verdadeira atitude Bahá'í tal, que venha a ajudar a despertar ainda mais suas simpatias para com a Fé e acelerar as energias espirituais latentes em seu coração ao ponto de ocasionar sua total confirmação na Causa. Tenha certeza e confiantemente persista em seus esforços.

(5 de agosto de 1939)

16. A tarefa de criar uma criança bahá'í, como enfatizado repetidamente nos escritos Bahá'ís, é principal responsabilidade da mãe, cujo privilégio incomparável é, verdadeiramente o de criar em seu lar condições tais como as que seriam conducentes tanto para o seu bem-estar material e espiritual como para o seu progresso. O treinamento que uma criança inicialmente recebe por intermédio de sua mãe constitue a mais rija fundação para o seu futuro desenvolvimento e portanto deve ser a preocupação preeminente de sua esposa... de doravante empenhar-se em dar a seu filho recém-nascido um treinamento espiritual tal que venha a capacitá-lo mais tarde a totalmente assumir e adequadamente se desincumbir de todas as responsabilidades e deveres da vida bahá'í.

(16 de novembro de 1939)

17. Ele notou com sentimentos de admiração genuína seu anseio de servir no campo de ensino pioneiro, mas está pesaroso de ouvir que suas circunstâncias domésticas não permitem que realize este querido desejo de seu coração.

Ao mesmo tempo em que entusiasticamente aprecia seu anseio de trabalhar para a Fé em territórios distantes e até então virgens, ele sente que, em vista da oposição de seu esposo, e também em consideração às necessidades de seus filhos por uma ajuda e guia próxima, deve, no momento presente, emprenhar-se em vez disto, em trabalhar em localidades virgens nas proximidades de... ou das cidades próximas.

(7 de novembro de 1940)

18. A questão do treinamento e da educação de crianças no caso em que um dos pais não é Bahá'í é algo que devem decidi-lo do modo que considerarem melhor e mais conducentes à manutenção, a unidade de sua família, e ao bem-estar futuro de seus filhos. Entretanto, uma vez que a criança alcance a maturidade deve lhe ser dada total liberdade para escolher sua religião irrespectivamente dos desejos e anseios de seus pais.

(14 de dezembro de 1940, para a Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís da Índia)

19. ...agora que ambos sentem o sincero desejo de se unirem em seus esforços para tornar feliz sua vida de casados, Shoghi Effendi aconselha-a a fazer tudo que esteja em seu poder, através do amor e bondade, para conquistar o seu esposo para o seu lado e de remover seu preconceito contra a Causa.

(27 de novembro de 1941)

20. Sem dúvida ela não deveria se afligir se verificar que sua família não é receptiva aos ensinamentos - pois nem toda alma é espiritualmente iluminada. Na realidade, numerosos membros das famílias dos próprios Profetas permaneceram sem se converterem , mesmo em face do exemplo e da persuasão dos Manifestantes de Deus; portanto, os amigos não deveriam se angustiar por tais coisas, porém, preferivelmente, deixar o futuro daqueles a quem amam na mão de Deus, e por meio de seus serviços e devoção à Fé, conquistarem o direito de suplicarem por seu renascimento espiritual final.

(9 de março de 1942)

21. Por profundas que sejam os laços familiares, devemos sempre lembrar que os laços espirituais são muito mais profundos; são perenes e sobrevivem à morte, enquanto que laços físicos, a menos que apoiados por vínculos espirituais, estão confinados a esta vida. Deve fazer tudo que estiver sem eu poder através da oração e do exemplo, para abrir os olhos de sua família para a Fé Bahá'í, mas não se aflija demasiadamente em virtude de suas ações. Volva-se para seus irmãos e irmãs Bahá'ís que estão vivendo consigo na luz do Reino.

(8 de maio de 1942)

22. Nossa Fé é tanto para crianças como para pessoas mais velhas, e seu coração se regozija vê ambos trabalhando juntos para levar esta grande Mensagem de bem para toda humanidade.

(30 de novembro de 1942)

23. Com respeito à declaração do Guardião de que pioneirismo está condicionado ao consentimento dos pais e que seria necessário que eles concordassem, perguntastes se esta regra se aplica igualmente a filhos que são maiores de idade e àqueles que ainda não são maiores de idade.

(18 de Janeiro de 1943 à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís do Irã - traduzida do persa)

24. Bahá'u'lláh recomendou com insistência o casamento a todas as pessoas como a maneira natural e correta de vida. Entretanto, Ele também deu grande ênfase em sua natureza espiritual, a qual, embora de modo algum impedindo uma vida física normal, é o aspecto mais essencial do casamento. Que duas pessoas devam viver suas vidas em amor e harmonia é de importância muito maior do que serem consumidas pela paixão mutuamente. Um é uma grande rocha de arrimo para nela se apoiar em tempo de necessidade; a outra, a coisa puramente temporária que pode fenecer a qualquer tempo.

(20 de janeiro de 1943)

25. O Guardião, em seus comentários... a respeito do relacionamento de pais e filhos, esposas e esposos, na América, quis dizer que há uma tendência neste país a que os filhos sejam demasiadamente independentes dos desejos dos pais e falhos no respeito que lhes é devido. Esposas, também, em alguns casos, têm a tendência de exercer um grau injusto de dominação sobre seus esposos, o que, naturalmente, não está correto, tanto quanto que o esposo deva injustamente dominar sua esposa.

(22 de julho de 1943)

26. Ele sente que deve mostrar por todos os modos a seu esposo o maior amor e simpatia; se estivermos em dúvida quanto a como devemos nos comportar como Bahá'ís, devemos nos lembrar de 'Abdu'l-Bahá e estudar sua vida e perguntar a nós mesmos o que Ele teria feito, pois Ele é nosso exemplo perfeito sob todos os aspectos. E saber quão terno Ele era e como Sua afeição e bondade brilhava qual a luz do sol sobre todos.

27. Seu esposo e sua criança têm direito a seu amor e lhes dão uma oportunidade maravilhosa de demonstrar sua fé na Causa.

Deveria também orar à Bahá'u'lláh para ajudar a uni-la com seu esposo e tornar seu lar um lar verdadeiro e feliz.

(9 de março de 1946)

28. Ele ficou muito triste de ver que está tendo problemas em seu lar em virtude da Fé Bahá'í. Ele sente que deve fazer tudo que estiver em seu poder para promover o amor e a harmonia entre seu esposo e si mesma, em benefício de vocês mesmos e em benefício de seus filhos. Entretanto, deve salientar para ele que todo homem é livre de procurar Deus por si próprio e que jamais procurará influenciá-lo ou até mesmo discutir a Fé Bahá'í com ele, se não o desejar, deverá deixá-la livre para participar nas reuniões. O Guardião espera que através de paciência, tato e oração, gradualmente superará seu preconceito.

(16 de março de 1946)

29. Um Bahá'í nunca é forçado a permanecer em um lugar especial; se não podia ganhar a vida em... e desejava estar perto de sues pais idosos estava muito certo em partir.

(1o de abril de 1946)

30. Shoghi Effendi deseja que eu adicione esta nota com relação a seu casamento; ele não sente que qualquer crente, sob quaisquer que sejam as circunstâncias, pode jamais usar a Causa ou serviço à ela, como uma razão para abandonar seu casamento; o divórcio, como sabemos, é muito rigorosamente condenado por Bahá'u'lláh e somente premissas de extrema gravidade o justificam.

(7 de abril de 1947)

31. Ele sente, com relação a seus problemas familiares, que deveria levantar estes assuntos com sua assembléia, se deseja conselho; um dos deveres destas assembléias é de aconselhar e ajudar os amigos e é seu privilégio de recorrer a sua assembléia.

(10 de abril de 1947)

32. Ele ficou muito feliz de ouvir de seu desejo de ajudar o trabalho de pioneirismo... Entretanto, ele não sente que suas atividades neste campo devam ser uma causa de desarmonia entre si e seu estimado esposo, e ele lhe assegura que orará por ele nos Sepulcros Sagrados, para que Deus possa despertá-lo para uma percepção do significado de nossa Fé e estimulá-lo em seu serviço.

(30 de abril de 1947)

33. Bahá'u'lláh declarou claramente que o consentimento de todos os pais vivos é exigido para um casamento bahá'í. Isto tanto se aplica, se os pais são Bahá'ís ou não-Bahá'ís, divorciados a ano ou não. Ele estabeleceu esta grande lei para fortalecer a estrutura social, para entrelaçar mais os vínculos do lar, para depositar uma certa gratidão e respeito nos corações dos filhos para com aqueles que lhes deram a vida e enviaram suas almas na viagem eterna em direção ao seu Criador. Nós Bahá'ís, devemos compreender que na sociedade atual está ocorrendo o processo exatamente oposto: pessoas jovens importam-se cada vez menos com os desejos de seus pais, o divórcio é considerado um direito natural e obtido sob os pretextos mais insignificantes, injustificáveis e indignos. As pessoas separadas, especialmente se uma delas tem a custódia total dos filhos, estão muito dispostas a menosprezar a importância do companheiro de casamento, também responsável, como um dos pais, por ter trazido estas crianças a este mundo.

Os Bahá'ís devem, através da rígida aderência às leis e ensinamentos Bahá'ís, combater estas forças corrosivas que estão tão rapidamente destruindo a vida em família e a beleza dos relacionamentos familiares, e arrasando a estrutura moral da sociedade.

(25 de outubro de 1947 à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís dos Estados Unidos)

34. A respeito das perguntas que lhe fez: ele está seguro que, ainda que sob certos aspectos possa ser um encargo financeiro para seus filhos, é para eles um privilegio de cuidar de si; é a mãe deles e lhes deu vida, e através da generosidade de Bahá'u'lláh estão agora atraídos à Sua Fé. Qualquer coisa que foram por si é recompensa pequena por tudo que fez por eles.

(20 de setembro de 1948)

35. Sua responsabilidade em relação a seu filho e seu esposo é muito grande e o Guardião espera que seu trabalho em breve alcançará um ponto em que possa retornar, pelo menos por algum tempo, para eles e lhes dar aquele amor e encorajamento que é a grande contribuição da mulher para a vida em família.

(5 de agosto de 1949)

36. Ele ficou particularmente satisfeito em ouvir que suas relações familiares são tão satisfatórias e sente que está fazendo a coisa certa acatando aos desejos de seu esposo e permanecendo no exterior por mais tempo.

A muito tempo o Guardião sente que os Bahá'ís americanos, em alguns casos, não estão vivendo de acordo com o ideal do casamento exposto por Bahá'u'lláh. Eles são propensos a serem influenciados pela atual atitude superficial e egoísta das pessoas em relação ao laço matrimonial. Conseqüentemente, ao ver que está vivendo com êxito de acordo com o padrão bahá'í, dando o melhor de si e preservando este vínculo sagrado que tem com seu esposo, ele está realmente muito feliz. Ele espera que venha a estar em uma situação para ser um exemplo para outros. Pois ele desaprovava a maneira como alguns Bahá'ís, em nome do serviço à Causa, se desembaraçaram de seus esposos, ou vão e conseguem outros novos!

(2 de abril de 1950)

37. É um dos ensinamentos essenciais da Fé que a unidade deve ser mantida no lar. Naturalmente, isto não significa que qualquer membro da família tem o direito de influenciar a fé de qualquer outro membro; e se isto é compreendido por todos os membros, então parece certo que a unidade seria exeqüível.

(6 de julho de 1952)

38. O Guardião orará para que sua mãe possa se tornar Bahá'í e muito ativamente servir a Causa de Deus. deve-se ter em mente que por viveres uma devotada vida bahá'í, sua mãe talvez será afetada tanto ou mais que por ler ou estudar. Quando se vê os efeitos dos Ensinamentos Bahá'ís na vida de outra pessoa, isto, freqüentemente, tem um resultado muito grande.

(12 de julho de 1952)

39. Ele sente que deva, de todas as maneiras, fazer todo esforço para manter seu casamento intacto, especialmente para o bem de seus filhos, que, como todos os filhos de pais divorciados, podem tão somente sofrer de lealdades conflitantes pois estão privados das bênçãos de um pai e uma mãe em um lar, para zelar por seus interesses e amá-los conjuntamente.

Agora que compreende que se esposo está doente, deve ser capaz de se reconciliar com as dificuldades que enfrentou emocionalmente com ele e, por mais que sofra, não tomar uma atitude implacável.

Sabemos que Bahá'u'lláh mui rigorosamente desaprovou o divorcio; e incumbe, realmente, aos Bahá'ís de fazer um esforço quase sobre-humano a fim de não permitir que um casamento seja dissolvido.

(6 de março de 1953)

40. O Guardião valoriza plenamente o seu desejo de sair como pioneira no momento presente e ajudar a estabelecer a Fé em áreas virgens; todavia, não deve ir contra os desejos de seu esposo e forçá-lo a abandonar tudo a fim de que possa servir a Fé desta forma. Devemos ter em mente os desejos e direitos daqueles que estão intimamente ligados à nossas vidas.

Se seu esposo deseja que permaneça onde está, certamente há um vasto campo para ensino lá.

(31 de julho de 1953)

41.Seus filhos, ainda que inicialmente não sejam capazes de servir consigo no pioneirismo, estão certamente ajudando-a a assim o fazer, em virtude do espírito devotado e completa cooperação deles. A vida, na melhor das hipóteses, está tão repleta de vicissitudes inesperadas que deixar seus filhos na casa, não apresenta, ele sente, quaisquer riscos adicionais. Eles são devotados à Causa e, sem dúvida, serão inspirados por seu exemplo.

(10 de agosto de 1953)

42. A respeito de sua pergunta quanto a sair como um pioneiro... o Guardião sente, em vista da aversão de Bahá'u'lláh ao divórcio, que não é correto para um bahá'í, ainda que para o propósito de pioneirismo, dissolver um casamento. Portanto, ele a urge a empenhar-se com todas suas capacidades a reconciliar-se com seu esposo, desde que ele considera que isso é mais importante do que saia para um território virgem como pioneira.

(27 de agosto de 1953)

43. ...ele deseja que eu diga que ele favorece seu pioneirismo. Entretanto, se considerar que sua ida para uma das Ilhas do Pacífico como pioneiro, irá destruir seu relacionamento com seu pai, neste caso ele daria a sugestão que talvez sua esposa possa ir agora e poderá então ver como as coisas se solucionam para reunir-se a ela mais tarde.

(27 de setembro de 1953)

44. O Guardião, em vista do fato de que seu esposo na realidade não deseja estar separado de si, mas ao contrário, está desejoso de manter seu casamento intacto, sente que, como um bahá'í, não tem o direito de destruí-lo em virtude de seu desejo de servir a Fé.

O casamento é uma instituição muito sagrada. Bahá'u'lláh disse que seu propósito é o de promover a unidade. Se os amigos negligenciarem, por amor à Causa, esta instituição colocam a Fé sob um prisma desfavorável ante o público. Nestes dias os povos do mundo são tão imorais e tratam a instituição do casamento tão levianamente; e nós, os Bahá'ís, em contraste com os povos do mundo, estamos tentando criar um alto padrão moral e reinstalar a santidade do casamento.

Se seu esposo lhe permitir realizar uma certa quantidade de trabalho de ensino e ocasionalmente viajar em prol do interesse da Fé, tanto melhor; entretanto, ele não pensa que a Fé deva ser transformada no objeto que destrói sua vida familiar.

(6 de junho de 1954)

45. Ele sente, em vista das condições e dos sentimentos de seu esposo e considerando também que seus dois filhos mais velhos naturalmente desejarão lhe ver, e, na verdade, devem vê-la de vez em quando, de modo que possa ajudá-los em suas vidas Bahá'ís, que a coisa sábia para fazer é ir como pioneira com seu esposo para algum lugar dos Estados Unidos, onde seus serviços serão do maior valor.

(29 de julho de 1954)

46. Ele aprecia muito os serviços de pioneirismo que prestou. Ele espera que doravante a senhora a seu esposo estarão aptos a servir a Fé juntos, unidos e devotadamente, por esta se a mais alta forma de cooperação Bahá'í no casamento.

(3 de março de 1955)

47. Se a condição de saúde de seu pais é tal que sua presença é realmente necessária, então não deveria deixá-los. Entretanto, se existe algum outro parente que poderia cuidar deles, então poderia ajudar com o trabalho em... e ajudar os amigos a estabelecerem a Fé em bases sólidas ali.

(28 de outubro de 1955)

48. Ele orará para que a oposição de seu esposo e irmã possa ser transformada, através de seus próprios atos de amor, bondade e a paciência e tolerância que lhes demonstre.

(20 de março de 1956)

49. Onde quer que haja uma família bahá'í, aqueles envolvidos devem de todas as maneiras fazer tudo que podem para preservá-las, porque o divórcio é rigorosamente condenado nos Ensinamentos, enquanto que harmonia unidade e amor são mostrados como os mais altos ideais nas relações humanas. Isto deve sempre se aplicar aos Bahá'ís, quer estejam servindo no campo de pioneirismo ou não.

(9 de novembro de 1956, à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís da América Central)

50. Ele sente que agora que encontrou o objeto de sua procura interior e tem como uma alegria adicional em sua vida a nossa gloriosa Fé, deve ser mais bondosa com seu esposo e ter mais do que nunca consideração, e fazer tudo que estiver em seu poder para fazê-lo sentir que isto não a afastou dele, mas somente fez o seu amor por ele, e seu desejo de ser uma boa esposa para ele, maior. Se finalmente ele será capaz de se tornar um Bahá'í ou não, é algo que somente o tempo pode dizer; todavia, não há dúvida onde está seu dever, e isto é de fazer com que aprecie o fato de que sua nova afiliação não interferiu de qualquer forma com a vida doméstica e o casamento dele, mas, o contrário, fortaleceu a ambos.

É muito difícil, quando se encontra o que se sabe ser a verdade, de ficar inativo e ver um parente próximo completamente cego para isto. A tentação é de tentar, "despertá-los e fazer com que vejam a luz", porém isto é freqüentemente desastroso. O silêncio, o amor e a paciência conquistarão maiores vitórias em tais casos. Entretanto, seu esposo não tem o direito de lhe pedir que deixe de ser bahá'í. Isto é ir longe demais. Ninguém deve violar o vínculo sagrado que todo ser humano tem o direito de ter com seu Criador.

(20 de abril de 1957)

51. Entretanto, como sem dúvida sabe, Bahá'u'lláh afirmou que o propósito do casamento é o de promover unidade, de modo que deve ter isto em mente quando tratar com seus parentes não Bahá'ís; não se pode esperar que sintam do modo como nós o fazemos em questões de amizade racial e não devemos impor nosso pontos de vista a eles, mas, preferivelmente, tratar de educa-los com amor e sabedoria.

(30 de agosto de 1957)
EXCERTOS DE MENSAGENS DA CASA
UNIVERSAL DE JUSTIÇA

(Os extratos a seguir, a não ser quando indicado de modo diverso, foram dirigidos a crentes individuais)

1. A respeito de sua outra pergunta relativa ao relacionamento tenso entre a senhora e a sua sogra e o que poder fazer para aliviar a situação, sentimos que deva, com a ajuda e em consulta com seu esposo, perseverar em seus esforços para alcançar a unidade na família. Da descrição da atitude inamistosa que sua sogra demonstra para consigo, é óbvio que não terá uma tarefa fácil. Entretanto, a questão importante é que,como um bahá'í, está consciente da admoestação de 'Abdu'l-Bahá para que se concentre nas boas qualidades do indivíduo e que esta maneira de tratar sua sogra pode fortalecê-la em sua resolução de alcançar a unidade. E além disso perseverança na oração lhe dará a força para continuar em seus esforços.

(6 de setembro de 1970)

2. Um Bahá'í que tem um problema pode desejar tomar sua própria decisão a respeito, depois de orar e depois de pesar todos os aspectos do mesmo em sua própria mente; ele pode preferir procurar o conselho de amigos individualmente ou de conselheiros profissionais tais como seu médico ou advogado, de modo que possa considerar tal conselho ao tomar sua decisão; ou num caso em que diversas pessoas estão envolvidos como por exemplo numa situação de família, ele pode desejar reunir aqueles que são afetados de modo que possam chegar a uma decisão coletiva.

(19 de março de 1973 à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís do Canadá)

3. Que o primeiro educador da criança é a mãe, não deveria ser surpreendente pois a orientação primária do infante é para sua mãe. Esta provisão da natureza de modo algum diminui o papel do pai na família bahá'í. Além do mais, igualdade de status não significa identidade de função.

(23 de junho de 1974)

4. Ao considerar os problemas que o senhor e sua esposa estão passando, a Casa Universal de Justiça salienta que a unidade de sua família deve ter prioridade quanto a qualquer outra consideração... Por exemplo, serviço à Causa não deve gerar desatenção para com a família. É importante que disponha seu tempo de tal modo que sua vida doméstica seja harmoniosa e seu lar receba a atenção que necessita.

Bahá'u'lláh também frisou a importância da consulta. Não devemos pensar que este método digno de valor na procura de soluções está confinado às instituições administrativas da Causa. Consulta em família empregando completa e franca discussão e animada pela conscientização da necessidade de moderação e equilíbrio, pode ser a panacéia de conflitos domésticos.

(1o de agosto de 1978)

5. Ainda que serviços Bahá'ís devam ser empreendidos com um espírito de sacrifício, não se pode perder de vista a importância dada em nossos Escritos Sagrados às responsabilidades depositadas nos pais em relação a seus filhos, assim como aos deveres dos filhos em relação a seus pais.

(19 de novembro de 1978)

6. A Casa Universal de Justiça recebeu sua carta de 16 de outubro de 1980, anexando uma carta da Assembléia Espiritual de Howick fazendo perguntas que surgiram decorrentes da leitura do livro "Quando crescemos", de Bahíyyih Nakhjavání, e nos instruiu a transmitirmos o seguinte:

A Casa de Justiça sugere que todas as declarações nas Escrituras Sagradas a respeito de áreas específicas de relacionamento entre homens e mulheres devem ser consideradas à luz do princípio geral da igualdade entre os sexos, que foi enunciado repetida e autorizadamente nos Textos Sagrados. Em uma de Suas Epístolas 'Abdu'l-Bahá afirma: "Nesta era divina as bênçãos de Deus abarcaram o mundo das mulheres. Igualdade de homens e mulheres, exceto em alguns casos negligenciáveis, foi total e categoricamente anunciada. Diferenças foram completamente removidas." Que os homens e as mulheres diferem uns dos outros em certas características e funções é um fato inescapável da natureza; o fato importante é que 'Abdu'l-Bahá considera tais desigualdades, como as que ainda persistem entre os sexos, como sendo "negligenciáveis".

O relacionamento entre esposo e esposa tem que ser visto no contexto do ideal Bahá'í da vida em família. Bahá'u'lláh veio para trazer a unidade ao mundo, e uma unidade fundamental é a da família. Portanto, deve-se crer que a Fé é intencionada a fortalecer a família, não a enfraquece-la, e uma das chaves para o fortalecimento da unidade é amorosa consulta. A atmosfera dentro de uma família bahá'í, da mesma forma que dentro da comunidade como um todo, deve expressar "a idéia fundamental da Causa de Deus", a qual, o amado Guardião afirmou, "não é autoridade ditatorial, mas humilde companheirismo, nem poder arbitrário, mas espírito de franca e amorosa consulta."

A família, entretanto, é uma espécie de "comunidade" muito especial. O Departamento de Pesquisa não se deparou com qualquer declaração que especificamente cita o pai como responsável pela "segurança, progresso e unidade da família", como está declarado no livro de Bahíyyih Nakhjavání, porém pode ser deduzido de várias responsabilidades a ele atribuídas, que o pai pode ser considerado como o "cabeça" da família. Os membros de uma família têm todos deveres e responsabilidades uns para com os outros e para com a família como um todo, e estes deveres e responsabilidade variam de membro para membro em virtude de seus naturais relacionamentos. Os pais têm o dever inescapável de educar seus filhos - porém o inverso não se dá; os filhos têm o dever de obedecer a seus pais - os pais não obedecem aos filhos; a mãe - não o pai - dá à luz aos filhos, amamenta-os na infância, e é, assim, o seu primeiro educador, conseqüentemente as filhas têm um direito a educação anterior aos dos filhos e, como o secretário do Guardião escreveu em seu nome, "A tarefa de criar uma criança Bahá'í como enfatizado repetidamente nos Escritos Bahá'ís, é a principal responsabilidade da mãe, cujo privilégio incomparável é, verdadeiramente, o de criar em seu lar condições tais como as que seriam mais conducentes tanto para o seu bem-estar material e espiritual, como para o seu progresso. O treinamento que uma criança inicialmente recebe por intermédio de sua mãe constitui a mais rija fundação para o seu futuro desenvolvimento." Um corolário desta responsabilidade da mãe é seu direito de ser sustentado por sua esposa. Este princípio da responsabilidade do esposo de prover para a família e protegê-la pode ser visto também aplicado na lei de falta de testamento que provê que o local de residência da família passa, por ocasião da morte do pai, não para sua esposa, mas para seu filho mais velho; o filho na mesma oportunidade, tem a responsabilidade de cuidar de sua mãe.

É neste contexto de deveres e responsabilidades mútuas e complementares que se deveria ler a Epístola em que 'Abdu'l-Bahá dá seguinte exortação:

"Ó Servas do Senhor, O que Sustenta a Si Próprio! Esforçai-vos, para que possais alcançar a honra e o privilégio determinado para as mulheres. Indubitavelmente, a glória das mulheres, a maior de todas, é serviço ao Seu limiar e submissão ante Sua porta; é possuir um coração vigilante e louvor ao incomparável Deus; é sincero amor para com as outras servas e imaculada castidade; é obediência e consideração para com seus esposos e a educação e cuidado de seus filhos, e é tranqüilidade e dignidade, perseverança na recordação do Senhor, e o maior entusiasmo e atração."

Esta exortação ao grau máximo de espiritualidade e auto-abnegação, não deve ser lida como uma definição legal dando ao esposo autoridade absoluta sobre sua esposa, pois, em uma carta escrita a um crente individual em 22 de julho de 1943, o secretário do amado Guardião escreveu em seu nome:

"O Guardião, em seus comentários... a respeito do relacionamento de pais e filhos, esposas e esposos na América, quis dizer que há uma tendência neste país a que os filhos sejam demasiadamente independentes dos desejos de seus pais e falhos no respeito que lhes é devido. Esposas, também, em alguns casos têm a tendência de exercer um grau injusto de dominação sobre seus esposos, o que, naturalmente, não está correto, tanto quanto que o esposo deva injustamente dominar sua esposa."

Em qualquer grupo, por mais amorosa que seja a consulta, existem, não obstante, pontos em que, ocasionalmente, não se pode alcançar uma concordância. Numa Assembléia Espiritual este dilema é resolvido pelo voto da maioria. Entretanto, não pode haver maioria onde somente duas partes estão envolvidas, como no caso de esposo e esposa. Existem, portanto, ocasiões em que a esposa deve submeter-se a opinião do seu esposo, e ocasiões quando o esposo deve submeter-se a opinião de sua esposa, porém nenhum deles deve jamais injustamente dominar o outro.

Em resumo, o relacionamento entre esposo e esposa deve ser como exposto na oração revelada por 'Abdu'l-Bahá que é freqüentemente lida nos casamentos Bahá'ís: "Verdadeiramente, casam-se em obediência a Teu mandamento. Faze-os sinais da harmonia e união até o fim dos tempos."

Todos estes são relacionamentos dentro da família, porém existe uma esfera muito mais ampla de relacionamentos entre homens e mulheres que no lar, e isto também devemos considerar no contexto da sociedade bahá'í, não no das normas sociais do passado ou presente. Por exemplo, ainda que a mãe seja a primeira educadora da criança e a mais importante influência formativa em seu desenvolvimento, o pai também tem a responsabilidade de educar seus filhos, e esta responsabilidade é tão importante que Bahá'u'lláh declarou que um pai que falha em desempenhar-se dela, perde seus direitos à paternidade. Similarmente, ainda que a responsabilidade primordial de sustentar a família financeiramente é colocada sobre o esposo, isto não implica, de qualquer modo, que o lugar das mulheres é confinado ao lar. Ao contrário, 'Abdu'l-Bahá declarou:

"Nesta Revelação de Bahá'u'lláh, as mulheres caminham lado a lado com os homens. Em nenhum movimento serão deixadas para trás. Seus direitos são iguais em grau aos dos homens. Elas ingressarão em todos os ramos administrativos da política. Em tudo atingirão tal nível que lhes será destinada a mais alta posição no mundo e participarão em todas as atividades."

Palestras de 'Abdu'l-Bahá, pág. 156
e novamente:

"Assim, virá a acontecer que quando as mulheres participarem total e igualmente nos afazeres do mundo, entrarem confiante e capazmente na grande arena das leis e política, a guerra cessará;..."

The Promulgation of Universal Peace, pág. 135

Na Epístola do Mundo, o Próprio Bahá'u'lláh considerou que mulheres assim como homens seriam arrimos de família, ao declarar que:

Cada um, seja homem ou mulher, deve entregar a uma pessoa de confiança uma parte daquilo que ele ou ela ganha - por meio de algum ofício, ou mediante agricultura ou outra ocupação - para o ensino e a educação das crianças, sendo tal quantia gasta para esse fim com o conhecimento dos Membros da Casa de Justiça.

Epístolas de Bahá'u'lláh, reveladas após o Kitáb-i-Aqdas, pág. 102

Um elemento muito importante para alcançar tal igualdade é a provação de Bahá'u'lláh que rapazes e moças devem seguir essencialmente o mesmo currículo nas escolas.

Espera-se que as explicações acima e os respectivos comentários ajudarão a Assembléia Espiritual de Howick a resolver as questões formuladas em sua carta.

Com amorosas saudações Bahá'ís,
O Departamento do Secretariado.

(28 de dezembro de 1980, à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís da Nova Zelândia)

Todas as citações são excertos de Epístolas ainda não traduzidas, a menos que a fonte da publicação esteja citada.

1 Alcorão, 46:15.

1 "Consolo de teus olhos" - expressão idiomática persa significando "filho ou filha".

2 Veja a 3a seleção das Escrituras de Bahá'u'lláh nesta compilação.

(1) V. Gênesis IX: 25.

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